Um tal de Red Hot Chili Peppers

Em 2000, a cena pop dominava a MTV e, sim, eu adorava. Mas, entre as Britneys, Christinas e boybands da vida, algo diferente me chamou a atenção: era o clipe de uma música chamada Californication, que imitava um jogo de videogame e era de uma banda de nome comprido. Eu nem imaginava, mas o tal de Red Hot Chili Peppers não era apenas uma modinha e, sim, um dos nomes mais influentes da história recente do rock.

Foi nessa época que conheci o RHCP

No entanto, saber disso não mudou muita coisa para mim porque, à essa altura, eu já havia adicionado Californication à coleção. E ouvi-lo foi o suficiente para aumentá-la ainda mais: comprei a coletânea, What Hits?, e mais dois álbuns da discografia da banda, o One Hot Minute e o clássico Blood Sugar Sex Magik. Em pouco tempo, eu já dizia que o RHCP era minha banda favorita, guardava matérias de revistas e gravava clipes, shows e programas em que eles apareciam. Dois anos depois dessa “descoberta”, precisei fazer um trabalho de inglês para a escola e, como tema, escolhi o RHCP. Acho que meu lado jornalista já estava aflorando porque eu realmente levei a pesquisa a sério e descobri quase tudo sobre a história da banda.

No entanto, mais alguns anos depois, percebi que eu talvez não tivesse “nascido” para ser fã de Red Hot Chili Peppers. Eu realmente amava os álbuns Californication e By The Way, mas sabia que a verdadeira alma da banda estava nos anteriores, que eu simplesmente não conseguia ouvir inteiros. Ao mesmo tempo, meu interesse por outros estilos musicais cresceu e, em pouco tempo, o RHCP perdeu o posto de favorita para alguma outra banda que já não lembro mais qual era – não que isso tenha me impedido de quase completar a discografia deles.

Formação atual da banda

Em 2007, meu namorado me emprestou a auto-biografia do vocalista Anthony Kiedis, batizada Scar Tissue. Comecei a ler e, por alguma razão desconhecida, parei antes mesmo de chegar à metade. Semana passada, resolvi organizar minha vida musical e baixei o novo álbum do RHCP, I’m With You. Quando comecei a ouvir as músicas, olhei para a pilha de “livros x” na minha estante e avistei a auto-biografia de Anthony. Ainda estava meio que em crise literária, mas fiquei com vontade de ler. Decidi tentar. Recomecei o livro, a leitura fluiu e eu realmente não entendi porque parei de ler da outra vez. Acho que é aquela coisa que chamam de timing…

O RHCP nunca foi uma paixão avassaladora em minha vida musical e, talvez, isso tenha contribuído para que eu nunca enjoasse deles. Claro que existiram momentos em que os ouvi loucamente e meses que passei sem escutar uma música sequer. Apesar disso, os Chili Peppers nunca deixaram de fazer parte da minha lista de favoritos e permanecem nessa categoria há mais tempo do que qualquer outra banda – 12 anos, para ser precisa. E ler a biografia do Anthony me fez, de fato, entender a música do Red Hot Chili Peppers e querer ouvi-los mais – e, dessa vez, de verdade.

Contei toda essa história só para contextualizar o próximo post, que será a resenha de Scar Tissue. 

7 Comments

Filed under Música

7 responses to “Um tal de Red Hot Chili Peppers

  1. Belo testemunho!!
    Timing é importante e tem pessoas que não valorizam!!! Estou sacando isso também nos últimos meses.

  2. Legal!! Adoro a banda, mas nunca foram meus favoritos. Isso também me ajudou a não enjoar deles.
    Esse negócio de Timing realmente existe, há pouco tempo percebi isso. E que bom que eles te ajudaram a sair dessa tal ressaca! hihihi

    Beijos

  3. Nunca tive muito contato com a banda
    Escutava uma musica ou outra, raramente
    Mas sei que eles são um clássico
    E acho que na vida temos momentos e talvez esse tenha sido o momento de você ler e curtir …

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com

  4. Eu vivi “algo parecido” com a minha atual banda preferida, mas na verdade eu nem tive um caso de amor, achei um cocô mesmo HAHA :D Anos mais tarde…<3 acho que é questão de timing. Veja só VR. Eu ouço desde 2004, 2005 e tenho CERTEZA que se te mostrasse em 2007, não seria a mesma coisa que hoje, com você tendo esse amor pelo Scott e tudo mais. Timing é tudo e concordo com você, apesar de AMAR MUITO *insira ironia* RHCP! Haahah!

    Beijos, Naná :D

    • Verdade. Mas sabe que tenho minhas dúvidas quanto a VR? Sei lá, acho tããão, mas tããão, mas tãããããããão legal, que não consigo me imaginar não gostando deles, mesmo em 2007 – acho até que eles são mais fáceis de gostar de cara do que o STP. Talvez não virasse um vício, mas eu acho que até ia curtir. E, de repente, até podia ser o start pro meu amor com o Scott, hahaha. Enfim, jamais saberemos, o que importa é que os encontrei (?) haha!

  5. Eu não chego a ser super fã dessa banda, mas gosto do som deles! Na verdade eu não chego a ser super fã de qualquer banda, cantor ou derivado kkk
    Beijos,K.
    Girl Spoiled

  6. Sinceramente essa é uma banda que não gosto. Nunca apreciei nenhuma música deles. Aliás são poucas as que me agradam, geralmente gosto daquelas que desde o começo me chamaram a atenção como o LP, por exemplo.
    Mas mesmo não gostando muito de RHCP sempre estou disposta a ouvir uma nova música para ver esta me agrada =)
    Beijos.
    http://booksedesenhos.blogspot.com

Leave a reply to Julia G Cancel reply